terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Melhores de 2010 – Parte 1


2010 está aí pra provar que a geração que teima em não acabar ainda pode ter muito a oferecer. Foram muitos jogos legais, mas eleger o melhor do ano foi fácil: Halo: Reach, que traz diversão praticamente infinita. E realmente não falta nada no jogo – tá certo que a campanha é um pouquinho curta (percepção que vai por água abaixo na dificuldade lendária, diga-se), mas os modos online, os desafios diários e semanais e a possiilidade de agregar mais conteúdo por meio de DLCs fazem de Reach um jogo obrigatório para quem tem Xbox 360.
De qualquer forma, não foram tanto os critérios técnicos que levaram o Halo: Reach ao topo da minha lista de melhor do ano. A decisão fica fácil quando você percebe que se diverte todo santo dia um game que saiu há quase três meses, e ele sempre tem cara de novo. Fazer o redator aqui deixar de jogar outros petardos como Bayonetta (do começo do ano, mas minha cópia chegou do eBay esses dias) e Need for Speed: Hot Pursuit não é algo para qualquer joguinho. Como Halo: Reach conseguiu, leva o título de melhor de 2010.
Como o ano foi muito bom mesmo, vale mencionar Super Mario Galaxy 2 (Wii), Super Meat Boy (PC, Xbox 360), Donkey Kong Country Returns (Wii) e Red Dead Redemption (PS3 e Xbox 360).
Surpresa
Limbo agradou bastante, mas cometeu o pecado de ser curto demais. Surpresa, mesmo, foi Super Meat Boy: dificuldade quase extrema, jogabilidade perfeita, mais de 300 fases e design e músicas excelentes fazem de SMB uma das melhores opções do gênero plataforma 2D em todos os tempos, em qualquer console. Se você não tem ainda, vá correndo comprar na XBLA ou no Steam.
Decepções
Não dá para pensar em outro nome. Metroid: Other M foi a maior decepção de 2011. Dava pra esperar muita coisa da Team Ninja, mas o negócio deles é Ninja Gaiden mesmo: o Metroid veio com ação repetitiva, gráficos fracos, quase nada de exploração e até animações e movimentos quase iguais aos dos Ninja Gaiden mais recentes. Nada perto do excelente trabalho que a Retro Studios fez na trilogia Metroid Prime.
E ainda entre as decepções, a falta de vontade da Sega em desenvolver versões caseiras de Virtua Fighter 5: Final Showdown. São tantas novidades (sistema de luta, dois personagens, novos cenários) em relação ao primeiro VF5 que até daria para chamá-lo de Virtua Fighter 6. Mesmo com o sucesso da máquina no Japão, parece que eu e as outras 14 pessoas que jogam Virtua Fighter no mundo ficarão mesmo sem ter o Final Showdown em casa…
2010 no Brasil
2010 foi um ano movimentado por aqui. Quem diria, a gente viu até a Xbox Live e o PlayStation 3 sendo lançados oficialmente no Brasil, com certeza dois importantes momentos para o mercado nacional. Um veio com menos opções que a versão gringa e o outro custa o olho da cara, mas já é um avanço. A vinda da Blizzard também animou as coisas, principalmente por causa do inédito modelo do Starcraft II, que custa R$ 49 por seis meses de jogatina. Se não dá pra abaixar os impostos, então é preciso inventar um jeito de baratear o jogo. Como deu certo e vendeu como água, imagino que este possa ser um caminho a ser seguido aqui, mesmo entre os consoles.
Apostas para 2011
O Wii parece em clima de fim de feira. Super Mario Galaxy 2 e Donkey Kong Country Returns são produções bem acima da média, mas o hardware fraco já começa a pesar. Não dá para não se frustrar ao jogar Call of Duty: Black Ops no Wii, por exemplo… fica muito, mas muito feio. Não consigo jogar Goldeneye 007 porque, apesar da jogabilidade muito boa, não dá gosto jogar algo com gráficos que lembram os dos primeiros jogos do GameCube.
É hipocrisia das grandes dizer que “gráfico não quer dizer nada”. Isso faz diferença sim, e o cidadão médio que tem lá sua LCD ou LED Full HD quer sim que seu sistema de jogos aproveite toda essa resolução. Por isso, para 2011 eu aposto em um anúncio ou pelo menos nas primeiras informações concretas sobre um novo console de mesa da Nintendo.

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